quarta-feira, dezembro 21, 2005

Denúncia: pais de alunos da Pestalozzi reclamam de maus tratos - Ozéas de Oliveira


Ex-funcionários e pais de alunos da Pestalozzi fazem denúncias graves contra a direção da instituição, que atende 150 portadores de deficiência mental. Antônia Lopes de Moura, que trabalhou na cozinha, conta que não há comida suficiente para todos. “A comida é precária e muito pouca para a quantidade de alunos que a instituição possui”, afirma a ex-funcionária.

José Pereira também trabalhou na Pestalozzi e diz que muitas vezes serviu para os alunos o que não teria coragem de comer. “Eles me mandavam juntar abacate podre para fazer vitamina para os meninos. Eu me recusava”, diz o ex-funcionário.

Os pais dizem ainda que a escolha da administração da associação não é democrática, porque não há eleição. “Eu nunca vi. Na assembléia que era realizada, a diretora disse que foi feita votação. Só que muitos pais desconhecem a eleição”, conta Maria José Santos, professora.

As denúncias dos pais e funcionários da Pestalozzi estão sendo investigadas pelo Ministério Público. A Promotoria de Fundações e Entidades de Interesse Social constatou inúmeras irregularidades e conseguiu, por meio de ação na Justiça, o afastamento da presidente. A medida não adiantou muito.

O promotor que cuida do caso explica que Maria Gomercinda Peixoto foi substituída pela nora, Maria Helena Pinho Costa. Segundo ele, a ex-presidente continua mandando na instituição, apesar de estar impedida judicialmente. No depoimento ao Ministério Público, ela reconheceu que sabia da existência de alimentos, com prazo de validade vencida, na despensa. No processo, ela também é acusada de usar os funcionários da associação em casa e de não prestar conta dos R$ 70 mil que são arrecadados mensalmente pela instituição.

“O Ministério Público tem apurado que esta verba que entra para a entidade e deveria resultar em benefício aos alunos, não está sendo devidamente empregada.O MP tem elementos que mostram que há irregularidades na aplicação do dinheiro”, ressalta o promotor Gladaniel Carvalho.

A direção da Pestalozzi não quis dar entrevista. A atual presidente disse que está cumprindo as exigências do Ministério Público e que também entrou com recurso contra as denúncias.

http://dftv.globo.com/Dftv/0,6993,VDD0-2982-20051202-125210,00.html
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